Benignidade, ou ternura, ou delicadeza, é o fruto que aparece
externamente. Este termo vem de uma palavra grega que entende toda a nossa
natureza permeada de gentileza. Delicadeza acaba tudo que é rude e grosseiro.
Podemos até chamá-la de amor que permanece.
Jesus era uma pessoa gentil. Quando Ele nasceu havia poucas
instituições de caridade no mundo. Havia poucos hospitais ou clínicas psiquiátricas,
poucos albergues para os pobres, poucos orfanatos e poucos abrigos para os
desamparados. Comparando com a nossa, aquela era uma época cruel. Cristo mudou
isto. E a todos os lugares onde o cristianismo chegou seus seguidores
praticaram ações de benignidade e delicadeza.
A palavra aparece poucas vezes em nosso Bíblia em português, mas
há versículos que a creditam às três pessoas da Trindade. Salmo 18:35
fala da clemência ou
benignidade de Deus; 2
Coríntios 10:1 da benignidade de Cristo; e Gálatas 5:22 da benignidade do
Espírito Santo.
Medite
na seguinte observação: "No nosso
desprezo pelo pecado podemos nos tornar rudes e grosseiros com o pecador. ...
Algumas pessoas parecem ser tão apaixonadas pela justiça que não têm mais lugar
para a compaixão pelos que caíram". Como é fácil ser impaciente ou
indelicado com os que falharam na vida! Quando começou o movimento hippie,
muitas pessoas reagiram com uma atitude crítica e sem amor diante dos hippies
em si. A Bíblia nos ensina outra coisa.
Jesus os teria tratado com "benignidade"
carinhosa. As únicas pessoas que Ele tratou com rudeza foram os líderes
religiosos hipócritas, mas com todas os outros Ele era maravilhosamente gentil.
Muitos pecadores à beira do arrependimento foram desiludidos por um
cristianismo farisaico e friamente rígido, preso a um código religioso
legalista que não inclui a compaixão. Jesus agia com ternura, gentileza e
carinho. Mesmo crianças pequenas experimentaram isto, e se aproximavam dEle
ansiosas e sem medo.
Paulo disse a seu jovem amigo Timóteo: "O servo do senhor não deve brigar. Mas deve ser delicado para
com todos" (2 Tim. 2:24). Tiago disse: "A sabedoria que vem do alto é
antes de tudo pura; e é também pacífica, bondosa e amigável" (Tiago 3:17).
Alguns dizem que delicadeza é um sinal de fraqueza, mas eles estão
errados! Abraham Lincoln era famoso por sua humildade e delicadeza, e nunca
poderemos dizer que ele era fraco. Pelo contrário, o grande homem que ele foi
resultou da combinação da sua grande força de caráter com seu espírito gentil e
compassivo.
Alguém disse: "Nesta época de mísseis teleguiadas e pessoas
mal-guiadas precisamos desesperadamente aprender a sermos gentis. Parece
estranho que em uma era em que alcançamos a lua, enviamos sinais a planetas
distantes e recebemos fotografias tiradas de satélites em órbita seja tão
difícil comunicar ternura com os que estão ao nosso redor."
O lugar mais óbvio para buscar orientação e instrução para estes
usos do Espírito é o ministro no púlpito, e a grande necessidade desta geração
tem de ser tratada em sermões com autoridade. Mas não importa quão eloqüente,
bem preparado e dotado um pastor seja; se não tiver carinho e delicadeza em sua
maneira de tratar as pessoas ele será incapaz de levar muitas pessoas a Cristo.
Um coração gentil é um coração contrito – um coração que chora pelos pecados
dos maus e pelos sacrifícios dos bons.
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